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Excelente artigo, no entanto, não concordo com a referência ao Estado Novo, nomeadamente que teria praticado políticas monetárias desastrosas, tal como a Democracia ou a Primeira República. Quero recordar o seguinte: em 1974, Portugal detinha a oitava reserva de ouro do mundo; a dívida pública era praticamente inexistente, cerca de 12% do PIB (1973) - com uma guerra colonial em várias frentes - , se não me falha a memória. Em conclusão, foi um regime que respeitou as poupanças dos Portugueses, em que a taxa de inflação durante as décadas de 50 e 60 praticamente não superava os 2%. Foi o respeito pelas poupanças dos portugueses que permitiu crescimentos económicos reais no início da década de 70 jamais alcançados novamente: 7,298% (1970); 6,286% (1971); 9,711% (1972); 5,613% (1973).

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Boa noite, Luís. Com base em algumas das fontes que consultei, o custo de vida continuou a aumentar durante os anos 60 e tornou-se especialmente grave a partir de 1970. A Economia Portuguesa: Dois Anos Com Marx destaca as tendências inflacionistas em Portugal, pois a emissão de notas aumentou 10% em 1972, 17% em 1973. Uma monografia das contas públicas do país, de 1958 a 1971, revelou que os preços correntes, quando ajustados aos preços constantes de 1963, aumentaram anualmente (só de 1969 para 1970, cresceu 8,4%). A moeda estava a perder valor

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