O LIBERTARIANISMO E O PODER
Quando se fala de formar um partido político estamos a falar de ingressar na esfera do poder e, portanto, coloca-se a questão de saber exactamente o que é afinal o PODER.
chatGPT:
Poder é a capacidade ou habilidade de influenciar, controlar ou dirigir o comportamento de outras pessoas ou os eventos. Em um contexto sociológico e político, poder refere-se à habilidade de exercer autoridade e tomar decisões que impactam outros indivíduos ou grupos. Esta definição inclui tanto o uso da força quanto a persuasão, e pode ser exercida de diversas maneiras em diferentes contextos.
Numa linguagem menos chat(a): poder é a capacidade de forçar os outros contra a sua vontade.
No caso do Estado, o método é coercivo, mas há também outras formas de poder: hierárquico, económico e tecnológico (só para dar alguns exemplo).
Os libertários são contra esta interferência na vida das pessoas e, portanto, não são uma classe vocacionada para exercer o poder, algo que nem consideramos ético. A única circunstância em que consideramos legítimo exercer algum poder é para repelir agressões.
Maquiavel conquistou a imortalidade a explicar como se conquista e alcança o poder, sendo seu mais fiel apóstolo em Portugal o infame Pombal, que eu crismei de Ditador das Trevas (Camilo tinha-lhe chamado o Nero da Trafaria).
O Maquiavelismo, contudo, está para a política como a pornografia está para o sexo e os libertários, apesar de não serem puritanos, não estão na política pelo poder, mas por amor: por amor à liberdade.
Num post anterior, expressei a minha convicção de que Portugal precisa de um partido libertário, não para dirigirmos o comportamento dos outros, mas para sermos uma espécie de consciência ética da política; para denunciarmos os esquemas e a corrupção do poder.
Um futuro programa deve focar-se na defesa inabalável dos direitos cívicos e numa renúncia total a quaisquer interferências na vida privada.
O Estado não deve estar na SAÚDE, na EDUCAÇÃO e na SEGURANÇA SOCIAL. E muito menos nas empresas. Nessas áreas, um partido libertário deve ser o partido do NÃO e NÃO e NÃO.
Um partido libertário deve manter uma postura clara sobre os direitos secundários: são a estricnina dos direitos fundamentais, a alma do libertarianismo.
Joaquim Couto
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