O Natal como Tradição de Ligação à Terra e Liberdade
Sendo que a única Liberdade que não nunca nos podem tirar é a Espiritual
O Espírito Humano está ligado às coisas da Terra, no sentido das mais essenciais: o nascimento, a morte, a continuação no Mundo Material. Porém, no Espírito vive o substrato do que nos mantém e permite prosperar individual e colectivamente. É na Força misteriosa da fundação espiritual que encontramos, ou nos é dada - não sabemos se o Dom é uma ilusão, ou se algo que deriva do Divino - nem sabemos se a Consciência começa ou termina connosco - no indivíduo e com ele nasce e morre - estando para sempre isolada, ou se é algo externo a nós, e também interno, mas algo integrado onde participamos e é comum a todas as coisas vivas. Uma espécie de “lago” onde estamos mergulhados.
Na questão do “que é a Vida?” alguns de nós (os mais afortunados, defendo) encontram uma Força que deseja que partilhemos regras que se vão aprendendo, ou nos são ensinadas na Família e na convivência com outros seres. “Outros seres”, porque também com os animais podemos aprender regras de consciência, ou espirituais.
Na questão de “o que é a Morte?” encontramos uma angústia irresolúvel, que é motivadora da vontade de a compreender (à Morte), e com essa compreensão tentarmos dar um sentido à precária existência que todos partilhamos.
As interrogações e todas as respostas necessariamente parciais e intermináveis (renascem e terminam com cada Humano) são aplacadas com os Ritos e as Tradições que dão Sentido físico a algo que será para sempre Metafísico.
O rito do Natal, prosseguido do rito do nascer do Novo ano, com a “morte” do ano anterior, compõem parte fundamental desse Sentido, mesmo que não o pensemos de modo racional. Vivemos dias de magia, proximidade da Família e dos outros, fazemos o balanço do ano que passou, e “pressentimos” o que poderá trazer o próximo ciclo.
Estes ritos, que durante a assim dita “pandemia” nos tentaram condicionar, são muito resistentes no nosso Espírito. Recordo quando as famílias, apesar de aterrorizadas pelo assim dito “vírus” faziam testes rápidos para estarem juntas e celebrar aquilo que era quase inimaginável passarem sem. Apesar da propaganda e da carneirice de muitos, o Natal e o Fim de Ano, resistiram nas mentes mesmo dos mais assustados.
E essa resistência foi, e é Metafísica. É do mais fundo da Consciência, uma Força interior que não admite castrar a existência, nestes breves dias, do percurso de preparação da Esperança para o próximo ciclo.
Quem assume o Mistério, quem consegue ter Fé, sabe que essa Resistência é invencível. Que não há tirania terrestre que consiga condicionar o que temos de mais íntimo e ligado aos que Amamos. Pois parte fundamental do Mistério é o Amor, e o Amor, é a Força que nos liga, não apenas à Vida, mas aos Nossos semelhantes e Nossos continuadores da Família.
Santo Natal a todos os Libertários e Próspero Ano Novo. Que comam tudo de bom, festejem, embriaguem-se e sintam que o Mistério da Vida é superior a todos os ímpetos maldosos de anti-vida.
João Pereira da Silva
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