O sinal de queda do socialismo serão as prateleiras cheias.
O comunismo colapsou os produtores, o socialismo colapsa os consumidores.
Nos últimos dias da experiência comunista da União Soviética, eram comuns as monstruosas filas para o pão, sinal de um colapso dos sistemas produtivos, da capacidade que o sistema tinha de produzir e distribuir o básico, a comida para os habitantes.
De uma forma resumida, os planificadores centrais tomavam conta do aparelho produtivo, e colocavam-no debaixo da alçada do Estado Todo Poderoso. De repente, algo que sempre tinha sido feito com base nas necessidades reais (agricultores produziam trigo, as moagens transformavam em farinha, os padeiros faziam pão, os distribuidores colocavam-no nas padarias, para ser consumido pelos habitantes das várias cidades do país), passava a ser gerido muitas vezes por incompetentes sem experiência mas com ideias políticas “certas”. Daí a rapidamente as colheitas serem reduzidas porque os agricultores foram substituídos por políticos, ou foram mandados plantar o que ninguém queria, apenas porque tinham melhores rácios de produtividade, foi uma viagem de poucos anos.
A meritocracia política, em que os cargos produtivos eram ocupados por inúteis com méritos apenas políticos, a incapacidade de pessoas sentadas num gabinete serem capazes de tomar boas decisões sobre o que se deveria ou não passar nas terras, nas moagens, nas padarias, ou mesmo nas empresas de transporte foi uma das principais razões para o colapso da União Soviética.
Aliás, este é o inevitável caminho das “sociedades comunistas”. A gestão de toda a economia de uma forma centralizada, produziu sempre, de todas as vezes que foi tentada, resultados catastróficos. É bom de ver que uma simples decisão mal tomada, por não se ter capacidade ou informação suficiente, é multiplicada por várias vezes, quanto maior for a dimensão daquilo que se gestiona.
Depois das várias versões falhadas de economia centralizada, preconizada pelo marxismo mais ortodoxo, os “pensadores” de esquerda inventaram uma forma menos catastrófica de tomar o poder e gerir a vida de milhões de cidadãos. Em vez de “comunismo”, chamaram-no de “socialismo”.
Em que consiste o socialismo? A receita é simples. Primeiro, conquistar o Poder, puro e simples. Depois de conquistado o Poder, dar coisas às pessoas. Grátis. As pessoas adoram coisas grátis. Assim, continuam a votar nos socialistas, para poderem continuar a receber coisas grátis. Simples, não?
Mas quem vai pagar as coisas grátis? As pessoas, claro. Mas não lhes apresentamos as facturas na altura, dizemos que são “impostos”, e que é “para o bem de todos”.
- Mas isso é demasiado estúpido, as pessoas nunca iriam cair nessa…
dizem vocês? Bom, adiante, não vamos entrar por aí.
Qual o problema disto? Rapidamente, as pessoas acham que pagam demasiados impostos, e querem mais coisas grátis. E claro que os governos socialistas estão sempre prontos a dar mais coisas grátis, porque isso é uma forma de aumentar os impostos.
Há um momento, no entanto, em que já não se podem aumentar mais os impostos. Quando se começa a pagar perto de metade do que se ganha em impostos, as pessoas começam a encontrar formas de não pagar impostos, e o esquema deixa de funcionar.
Entram então os bancos centrais, que podem criar dinheiro a partir do nada e “emprestá-lo” aos governos, que se comprometem a cobrar impostos aos cidadãos, para pagar este dinheiro grátis, que foi criado. Não só o dinheiro dos impostos do ano actual, como os dos anos seguintes. Ao pedir dinheiro emprestado aos bancos centrais, os governos prometem pagar com os impostos dos próximos anos, das crianças que irão crescer e pagar impostos, e dos filhos dessas crianças…
Os nossos netos ainda não nasceram, mas já têm compromissos a pagar, com o dinheiro que os socialistas mandaram fazer.
E este é o mecanismo do colapso. Uma fuga para o abismo. Um governo socialista não pretende construir, ou apoiar a construção de bens. Apenas pretende gastar o que os outros produziram, e o que os outros vão produzir, num futuro cada vez mais distante.
Isto é uma corrida para a pobreza. A riqueza produzida pode aumentar, mas a riqueza guardada pelos cidadãos é roubada nos impostos, para pagar os mais variados e bizarros usos que as mentes socialistas têm. Muitas vezes corrupção, outras vezes inutilidades, outras subsídios. Porque, ao contrário dos comunistas, que tomavam conta dos meios de produção, e depois não os sabiam gerir, os socialistas não querem saber de trabalhar. Deixam que quem trabalha trabalhe por eles. E pagam por isso, atribuindo subsídios, pagos com os impostos de quem compra os produtos que eles subsidiam. Confuso? Mas é mesmo assim.
Por isso, as empresas continuam a produzir produtos que ninguém quer, ou que antes queriam, mas agora já não querem, porque simplesmente não têm dinheiro para pagar, porque os impostos lhes roubam mais de metade do seu ordenado.
E é por isso que o sinal de colapso do socialismo não serão as filas para o pão, como na União Soviética.
O sinal de colapso do socialismo são as imensas prateleiras cheias de produto que ninguém tem dinheiro para comprar. Porque sem comprar os produtos, não se pagam impostos, e sem pagar impostos, não se alimenta o monstro. E não alimentando o monstro, ele colapsa.
Isto vem a propósito de ter estado hoje, dia 24 de Dezembro, véspera de Natal, às 13h00, numa grande superfície, e de apenas encontrar prateleiras CHEIAS, não vazias. Bolos, carne, bebidas, chocolates, marisco, bacalhau, nada faltava no supermercado. Provavelmente, amanhã ou depois estarão a ser vendidos com desconto. O prejuízo será importante, e é o sinal de que a economia socialista está a colapsar.
Esta é a visão do colapso do socialismo que tenho o prazer de partilhar convosco:
Desejo-vos um excelente 2025 e seguintes, livres de parasitas socialistas.
O futuro é libertário!
Bruno obrigado por compartilhar esse espetáculo de reflexão.