O Movimento Libertário em Portugal vai ter no início de 2025 um dos momentos mais importantes desde que os libertários em Portugal resolveram-se unir para desenvolverem um projecto político. Refiro-me às eleições para os órgãos directivos na Associação Partido Libertário, que desde a sua nascença tem como objecto a constituição de um partido político, que infelizmente desde 2016 quando da sua formação não o conseguiu fazer.
Esta inoperância de 8 anos trás consigo um fardo para quem vier a liderar a associação, isto porque todos os sinais que transpiram tanto pelo seu passado como no momento presente, o verdadeiro motivo para falharem tem origem a problemas internos e não porque o mercado não aceita as ideias.
Há 14 anos atrás apareceu um movimento de nome Partido Libertário Português (https://pe-ele-pe.wixsite.com/website) com o mesmo objectivo de conseguirem uma proposta política que fosse a votos. Este movimento, ainda sem terem feito nenhuma acção visível, já tinha conflitos que provocou uma cisão entre os seus fundadores ao fim de 5 anos (https://www.publico.pt/2017/08/17/politica/noticia/portugal-sempre-vai-ter-um-partido-libertario-1782528).
Aqueles que abandonaram o movimento, partiram para um novo projecto, totalmente concorrente ao primeiro ao ponto de usarem o mesmo nome e o mesmo símbolo. Símbolo esse que continua patente nas folhas dos estatutos, conformem é verificável no documento disponibilizado no site .(https://www.partidolibertario.pt/files/PLP_Estatut_20160910.pdf)
A pergunta que se põe nesta primeira fase é tentar compreender porque é que um movimento ainda sem exposição está desde logo entregue a conflitos e cisões?
Na minha investigação encontrei dois perfis bem patentes nos protagonistas. De um lado, uns idealistas, mais preocupados com a deontologia e do outro um grupo que traziam já com eles uma estrutura “maquiavélica” fruto de uma experiência de estarem presentes numa organização proto-fascistas liderada por Mário Machado ( https://www.dn.pt/dossiers/sociedade/extrema-direita/perfil/o-lider-do-movimento-skinhead-portugues-1006000.html/), movimento que usava a violência e princípios totalitaristas como forma de implementar as suas ideias.
Por isso, o roubo do nome e da imagem ao movimento anterior foi intencional, foi uma acção propositada para secar o movimento anterior, pois na realidade, a primeira direcção dos tais insatisfeitos conseguiu exactamente o mesmo resultado anterior, isto é nada.
Normalmente, perante a inoperacionalidade a Associação morreria, ficando perdido nesse ano de 2018 o movimento libertário em Portugal.
Pois entre 2016 e 2018 estas intenções correram ao contrário deste grupo divisionista, infiltrado e com intenção deliberada de atacar o libertarianismo. Por quê?
Em 2016, criou-se a Geringonça, o primeiro governo comunista desde Novembro de 1975 e isso criou uma revolta daqueles que se encontravam na direita do espectro político. De um dia para o outro começou-se a falar de liberalismo, e quando a direcção estava a apresentar a sua derrota, viu-se confrontada com a presença no encontro nacional com mais de 45 pessoas, todas elas ávidas de perceber o que era isso de se ser libertário.
Pela quantidade de adesão, a associação viu-se “obrigada” a manter o projecto, elegendo entre os seus fundadores novos quadros. A surpresa foi tal, que não houve uma convocatória formal para apresentação de listas, sendo os associados confrontados, onde me incluo, com uma assembleia-geral onde só existia uma lista única definida pelos fundadores.
Como associado há pouco mais de 4 meses não entendi a verdadeira “personalidade” nesta associação disfuncional.
A minha primeira percepção de que algo corria mal, deu-se quando um dos fundadores salta fora e vai para a frente da Iniciativa Liberal. Pessoa essa que 15 dias antes tinha estado num encontro da associação que se realizou numa hamburgueria em Santa Catarina no Porto e que se deixou fotografar como elemento principal dentro da associação. Na altura achei uma traição, hoje vejo que foi o único lúcido e que não teve medo de assumir o que estava planeado, ou seja, ao de 2 anos passar para um outro projecto depois de secar os libertários.
O aparecimento de novos membros, permitiu uma dinâmica que durou 2 anos, apesar de que no ano de 2019 já só participaram no encontro, pouco mais de 30 pessoas, mas estes 30 tentaram colaborar para a construção do partido. Apesar de uma direcção que nunca apoiou as iniciativas, os associados através de acções voluntárias e as expensas próprias realizaram em nome da Associação várias acções de recolha de assinaturas, desenvolveram merchandising, suportaram despesas administrativas, sem que nunca a Direcção viesse a terreno perguntar como poderiam compensar estes associados. O momento mais critico foi ver um dos elementos mais activos à altura ter abandonado de forma tempestiva a associação e mais uma vez nada ter sido feito para tentar manter pessoas válidas.
2020 foi o momento decisivo para que as dúvidas sobre as intenções, se ainda as houvesse, ficassem esclarecidas. O COVID que seria perfeito para a criação de uma mensagem forte contestatária e tirar partido dos “negacionistas”, a associação foi de uma inoperância tal que nos encontros seguintes pouco mais de 20 pessoas estiveram presentes.
Daí para a frente assistiu-se ao definhar da Associação que se chega hoje a uma situação onde não se consegue reunir presencialmente mais de 17 pessoas e online, quando assim se realiza, mais de 21 pessoas. Chegou-se ao ponto que há ilegalidades administrativas, há irregularidades fiscais, há processos antidemocráticos (desde a sonegação de listas eleitorais, quando em caso de eleições, até à recusa de levar a votação moções que não está conforme o domínio destes “senhores” fundadores), e fechou-se a conta bancária para bloquear aos associados a capacidade de renovarem as suas quotas.
Então, por que é tão importante esta eleição? Na verdade, a associação não vale nada, excepto nestes últimos 8 anos ter sido o único local que permitiu identificar libertários, mesmo que na sua maioria de forma esporádica, por rapidamente desistirem de uma associação moribunda. Esta identificação pode ser a semente para se poder passar para um movimento de facto libertário e pode ser o local onde os novos libertários se identifiquem, já que o fenómeno do Bitcoin e do Milei criou curiosidade para os valores libertários, principalmente na juventude.
A importância aumenta para definir o que será essa associação para os libertários. Um novo movimento, com a verdadeira intenção para a criação de um partido, ou continuar a ser um ninho de toupeiras socialistas e fascistas.
Uma lista já divulgou publicamente a sua candidatura. Verifico que o seu líder tentou juntar as duas facções nas listas, por um lado na esperança que haja uma conciliação e finalmente todos compreendam que o objectivo é realizável. Não ponho em dúvida que o Luis Gomes, cabeça de lista, é um libertário. Tenho receio, que ele não entenda o saco de gatos que construiu esta associação. Este receio, para mim, é real, pois a principal “toupeira”, o skinhead, já mostrou publicamente o seu apoio. Porém, o nível da lista apresentada é de qualidade e assente em pessoas que não estão ligadas às origens do movimento libertário, e será essa a verdadeira força da sua candidatura. Só chamo a atenção sobre os jogos de bastidores pelas toupeiras que, aliás, foram eficazes a boicotar as eleições anteriores.
Esta eleição só será uma mais-valia se aparecerem mais listas. Ao contrário do que alguns afirmam, eu sou favorável a que apareças mais listas, por três razões a primeira porque há propostas políticas em discussão o que enriquecerá o movimento, segundo porque os perdedores serão sempre os melhores fiscais das acções dos vencedores, podendo manter uma pressão para que não se retorne à apatia e terceiro porque aqueles que votarem nos vencedores passarão a serem responsáveis pelos sucessos e insucessos dos vencedores.
Sim, a Associação está moribunda não por culpa do Carlos Novais, o actual presidente, a culpa está em quem votou nele quando os sinais de inoperância já vinham detrás.
Assim como ex-associado, mas com extrema preocupação e vontade de dar força ao movimento libertário, só desejo boa sorte a quem pegar nesse saco de gatos. Eu por cá, estarei sempre a trabalhar pelo libertarianismo em Portugal.
António Xavier
Acho impssivel que se possa com outro partido tendo em conta a revolta que com o que cá vai se possa mudar alguma coisa ou pelo menos ,se ,muito pouco mudaria mas se houvesse mais "libertários"que libertasem as consciencias do que cá passa talvez talvez (se por acaso 90%largassem as telenovelas e os filmes" houvesse mais conscientes que pudessem optar por outra alternative ao ...ao que há.
sim para as pessoas serem ouvidas e respeitadas as mesmas teriam de se poder ouvir e respeitar a si mesmas e com o que cá se passa fica difícil ouvirmos nos e respeitar nos a nós próprios tendo em conta que há quem queria seguir o exemplo de de maus exemplos (é melhor não dizer nomes apesar de ter saído do Algarve a minha vida em Lisboa raramente me deixou lembrar me de quêm cá anda) mesmo porque as críticas ou os críticos do sistema seguem muitas vezes o exemplo dos representantes do sistema
ainda está semana ouvi da boca de um espanhol
dizer que o rei anda por lá envolvido em ilegalidades chamando o de "maricon"
mas de seguida falou de ir fazer vida com a ilegalidade do canabinol
eu na minha humilde sapiência chamei o à atenção
apelidar um criminoso de maricas e de seguida falar de fazer um outro crime só podia ser falta de espelho em casa -:
que é mais ou menos o que se passa por cá
chama se nomes aos criminosos mas depois fazem outros crimes
uma espécie de apagar fogo com fogo