Disseram-me hoje que “parasitar Bruxelas deveria ser o desígnio nacional oficial”
De facto, de que estamos à espera para assumir a realidade?
Desde o 25 de Abril (de 1974, se têm dúvidas), Portugal não tem feito mais do que parasitar tudo e todos.
Logo após a “Revolução” levada a cabo pelos militares de carreira das Forças Armadas que apenas queriam melhores ordenados, enganados por alguns que queriam uma Revolução Bolchevique em Portugal, enganados por outros que apenas queriam que Portugal libertasse as colónias, para que eles pudessem lá ir “colonizar” com democracia e revoluções vermelhas, Portugal e alguns portugueses mais parasitas que outros, perceberam que isso de trabalhar era uma chatice.
Em menos de um ano, os Líderes Parasitas que se instalaram no Poder conseguiram provocar uma bancarrota. Para quem não sabe, uma bancarrota é gastar tanto que se fica sem dinheiro para pagar as contas. Como é que um País inteiro chega a uma situação destas? Só há uma maneira: Gastar, gastar, gastar. Oferecer tudo a todos, para comprar votos, e depois ficar à espera que alguém apareça com dinheiro para pagar a conta. Burros? não. Quem paga a conta vai ficando com alguns dos anéis.
3 anos depois do 25 de Abril, e de os socialistas, comunistas e outros istas se terem sentado nas cadeiras do poder, precisámos de “assistência”. Já tínhamos oferecido as antigas colónias a quem as quisesse receber, nomeadamente os partidos comunistas que se aproveitaram dos petróleos, dos diamantes e de todos os recursos que as várias colónias tinham para explorar, e estávamos a gastar dinheiro como se não houvesse amanhã. E não teria havido amanhã, se não tivéssemos começado a vender os nossos bens. Em 1977, depois de os governos socialistas terem instituído vários programas vertiginosamente danosos para a economia nacional, instalou-se a ideia de que algures no mundo existiam sacos cheios de dinheiro que estariam sempre dispostos a vir ajudar-nos. Nessa altura, foi o FMI.
8 anos depois, já cá estavam caídos outra vez. Mais “direitos” adquiridos pelos trabalhadores, mais dívida adquirida pelo Estado, mais impostos cobrados aos trabalhadores, para pagar os direitos que os trabalhadores tinham “adquirido” (não achavam que os direitos eram de graça, pois não?), e mais uma bancarrota. Recordo, as bancarrotas acontecem quando se gasta mais do que se tem. 1985, segunda vinda do FMI, com empréstimos a peso de ouro, e mais austeridade sobre os trabalhadores (recordo, os direitos não são grátis).
Um parasita é um animal (normalmente insecto) que se alimenta do seu hospedeiro. Os governos de Portugal, por esta altura, ainda não tinham encontrado um hospedeiro, mas estavam a negociar a sua entrada. A 1 de Janeiro de 1986, alojaram-se na CEE, e começaram a sugar a imensa quantidade de sangue que a CEE tinha disponível.
Durante uns bons 10 anos, esse sangue fresco, que nos chegava da CEE, ajudava a fazer de conta que éramos muito importantes, altamente produtivos, e modelos a seguir. Fizemos autoestradas, mais autoestradas, algumas pagas e outras, até “grátis”. Chegámos ao cúmulo de ter 2 autoestradas paralelas, a uma distância de pouco mais de 20 km uma da outra. Porquê? Porque o dinheiro era grátis, e era preciso fazer de conta que o gastávamos em coisas importantes.
Tal como quando vamos a casa da nossa avó e ela nos dava dinheiro para comprar rebuçados, podíamos gastar todo aquele dinheiro em guloseimas, porque não era nosso, não nos tinha custado a ganhar. E parecia que tínhamos muito dinheiro, porque tínhamos muito dinheiro. Mas esse dinheiro era grátis, a pior forma de dinheiro.
Ao não ser fruto de trabalho, o dinheiro grátis tem um problema óbvio: quando a avózinha morre, deixamos de receber. Quando a CEE (entretanto União Europeia) achou que devia passar a dar dinheiro a quem mais merecia, Portugal começou a ter problemas.
Tentámos vender computadores para a Venezuela, mas não funcionou, talvez porque as comissões que se tinham que pagar eram demasiado elevadas. Tentámos renovar escolas, mas gastaram tanto em meia dúzia de escolas, que a maioria ficou sem aquecimento, enquanto outras tinham elevadores para as crianças irem para as aulas de Religião e Moral.
E pronto. Pedimos tanto dinheiro emprestado que em 2011, a boa prática de voltar a estender a mão para que alguém nos salvasse voltou a estar na moda. Na altura, mais um milhões vieram para Portugal, e lá nos descansámos outra vez. Desta vez, em vez de pagar tanto pelos direitos, começámos mesmo a perguntar se não era melhor que acabassem mesmo com os direitos.
Deixámos de ter direito a escola “grátis” e condigna, deixámos de ter direito a saúde “grátis” e condigna, deixámos de ter direito a autoestradas “grátis”, mas nada consegue dobrar o espírito português.
Quando as medidas de austeridade acabaram (porque quem ganhou as eleições acabou por as perder), decidimos que Portugal era, de novo, um Paraíso, e que, desde que se dissesse que íamos fazer, mas depois não fizéssemos, ninguém se chateava, desde que os orçamentos pudessem aprovados pelos nossos Donos. Também era necessário rebolar e dar a patinha, mas como não havia ninguém a filmar, passava despercebido.
Finalmente, em 2020, quando Portugal e o Mundo se viram a braços com a maior Fraude Clínica da História da Humanidade, os nossos Líderes Parasitas viram de novo a sua oportunidade. Nunca deixar que uma Crise Fraudulenta seja desperdiçada.
Visto que era preciso criar muito dinheiro a partir do nada, para pagar os ordenados às pessoas que iriam ficar em casa durante uns meses como pagamento antecipado por se disponibilizarem a ser cobaias de umas injecções que a União Europeia queria comprar para poder receber umas comissões por fora, Portugal conseguiu negociar mais um balão de ar quente, nunca oficialmente denominado de ajuda, mas de “Resiliência”, e mais uma vez continuou a viver à custa do seu hospedeiro.
Por isso, e porque a Honestidade é um bem que não devemos descurar, proponho a criação de um Partido Parasita. O único que responde honestamente aos anseios dos Portugueses.
Propomos um aumento imediato de 50% das contribuições da União Europeia no primeiro mandato. 50% de corte nos Impostos no primeiro ano (no segundo ano serão aumentados proporcionalmente). 50% de empregabilidade no funcionalismo público. Em cada casal, um será funcionário público. Iremos aumentar em 50% o rendimento líquido. Iremos reduzir em 50% as despesas dos contribuintes. Alimentação e transportes serão grátis, Vestuário será comparticipado em 50%.
Com que dinheiro iremos pagar tudo isto? Com o dinheiro de quem nos quiser pagar. A União Europeia será o nosso principal hospedeiro, mas poderemos considerar também como hospedeiros o FMI, a China e eventualmente a Rússia, ou a Ucrânia (neste caso, em permuta das contribuições que eles próprios recebem, contra a remigração dos ucranianos em Portugal).
Não temos dinheiro, mas sabemos pedir. Quem tem boca vai a Bruxelas.
Vamos manter a Nobre Tradição Parasitária Portuguesa.
Vamos formar o Partido Parasita, para nos deixarmos de guerras internas.
O desígnio de Portugal é Parasitar. Parasitemos.
Quem se une a nós???
https://mises.pt/a-falacia-do-sector-publico/
Ainda bem que li... o parágrafo dos 50% reboliço de riso